OPERAÇÃO CALVÁRIO: Empresa de atriz global entra na mira do GAECO

A MVC Editora LTDA foi alvo do cumprimento de mandados de busca e apreensão nesta terça-feira (15). A empresa tem como sócias a atriz Mayana Neiva e a irmã, Luciana Ramos Neiva. Esta última também teve mandados cumpridos em endereços dela. As medidas foram autorizadas pelo desembargador Ricardo Vital de Almeida com base em denúncias do Ministério Público da Paraíba.

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Atriz Mayana Neiva

Mayana e Luciana são filhas de Vladmir Neiva, alvo da etapa anterior da operação, por causa de denúncias relacionadas à Grafset. Documentos recolhidos pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) na quinta fase da operação indicaram “confusão entre as duas empresas”. Apesar de pertencerem ao mesmo grupo familiar, elas participaram, em muitos casos, das mesmas licitações.

A MVC Editora manteve contratos superiores a R$ 17 milhões com o governo do Estado nos últimos anos, de acordo com consulta feita no Sagres do Tribunal de Contas do Estado. Outros R$ 1,5 milhão em contratos foram firmados junto a prefeituras. Grande parte destes contratos, de acordo com o Ministério Público, foram firmados por meio de dispensa de licitação.

Foi colocada na cota de suspeita, também, a participação da MVC e da Grafset em licitações vencidas por outras empresas investigadas, a exemplo da Conesul Plus.

“Tal como argumenta o órgão ministerial, deve ser investigado o suposto uso de instrumentária da mencionada empresa em crimes licitatórios, em especial o previsto no artigo 90, mediante frustração do caráter competitivo do certame, bem como verificar se há uma efetiva ascendência de Vladimir Neiva em relação aos demais investigados, que pode ter utilizado a MVC Editora como empresa instrumentária para garantir a vitória de outras licitações”, diz a decisão do desembargador.

Vladimir foi citado em delação premiada do ex-assessor da Secretaria de Administração, Leandro Nunes Azevedo, como responsável por suposto pagamento de propina ao ex-secretário de Turismo Ivan Burity. Os R$ 400 mil relatados teriam sido pagos em compensação por contratos das empresas da família com o governo.

Além da MVC e Luciana Neiva, foram alvos de mandados de busca e apreensão nesta terça-feira endereços ligados a Ivan Burity e ao ex-diretor administrativo do Hospital Geral de Mamanguape, Eduardo Simões Coutinho, e ao gerente de recursos humanos do Instituto de Psicologia Clínica, Educacional e Profissional (Ipcep), Marcelino Paiva Martins.

Polítika com Suetoni Souto Maior

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