Semanas atrás um personagem experiente no meio político-jurídico da Paraíba me falou de um suposto acordão para abafar a Operação Calvário. O acordo passaria pela demissão de ricardistas graúdos no 1° escalão do governo João Azevedo – o que de fato ocorreu com as demissões de Gilberto Carneiro, Waldson Souza e Amanda Rodrigues. E teria mais gente na fila.
A segunda etapa do acordo seria o afastamento definitivo das organizações sociais, o que também vem acontecendo, precedido por um TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) com o Ministério Público para ‘disfarçar’ o ‘acordão’. E por último, o pagamento integral do duodécimo dos poderes legislativo e judiciário.
Ainda não quero acreditar na tese do ‘acordão’, que pouparia o chefe da ORCRIM girassol, que segundo alguns deputados, seria o ex-governador Ricardo Coutinho, pré-candidato a prefeito de João Pessoa. O acordo também pouparia o governador João Azevedo da cassação pelo crime de caixa 2.
Mas é muito estranho que após a delação de Livânia Farias, nenhuma operação foi realizada com a fartura de informação repassada pela ‘mulher de confiança’ de RC. Pois a última operação da Calvário foi baseada nas informações de Leandro Nunes, operador de Livânia Farias.
Espero que seja só uma especulação sem fundamento, e continuo acreditando na seriedade da força-tarefa, pois o maior escândalo de corrupção da história da Paraíba não pode acabar num ‘acordão’ entre poderosos.
Mas que tá tudo muito estranho, tá…