A eleição de 2020 ainda não acabou para o ex-candidato a prefeito de João Pessoa, João Almeida. Atual secretário da Capital, Almeida está sendo processado pela Mix Comunicação, que cobra R$ 80 mil por serviços prestados na campanha e jamais pagos:
O blog entrou em contato com a agência, mas informaram que não comentam publicamente sobre processos judiciais envolvendo clientes.
Com fama de mau pagador, João Almeida coleciona muitas cobranças. Em áudio que circulou recentemente nas redes sociais, o cabelereiro Ivanildo, que alugou um carro para a campanha, disse que João Almeida não paga ninguém vivo:
Há poucos meses, o jornalista Fabiano Gomes informou que o secretário estaria usando cargos comissionados da prefeitura para pagar credores da campanha:
Com vários cobradores batendo em sua porta e lotando a Secretaria de Segurança Pública de João Pessoa para fazer o mesmo, cobrar, o ex-prefeitável João Almeida encontrou uma modalidade para sanar algumas dívidas de campanha, que não são poucas, diga-se de passagem.
Para driblar os cobradores, João Almeida tem nomeado credores remanescentes de sua campanha na pasta em que é titular.
Trocando em miúdos, nomeando gente que não recebeu de sua campanha para ser pago com o dinheiro do povo.
O Fonte83 está fazendo um levantamento para trazer os nomes ao conhecimento dos leitores e também do prefeito Cícero Lucena que, com absoluta certeza, não comunga de forma alguma com esse tipo de coisa.
Logo após a eleição, profissionais que prestaram serviços à campanha de João alegaram que ele ainda não tinha quitado os débitos da campanha, e se escondia dos credores. Muitos deles sequer emitiram nota fiscal pelos trabalhos realizados.
Oficialmente, segundos dados do DivulgaCand, João Almeida gastou R$ 1,8 milhão em sua campanha, mas ainda deve cerca de R$ 400 mil. Contudo, os profissionais alegam que a dívida é ainda maior:
Um profissional ouvido pelo blog disse que não sabia que tinha que emitir a nota até o fim do primeiro turno, nem foram orientados pela campanha. Enfim, são filmakers, produtores, cabos eleitorais, diretores de programas eleitorais de radio e tv; pessoal de redes sociais e de apoio; que passaram pelo menos 2 meses trabalhando em tempo integral.