AIJE DO EMPREENDER: TRE vai seguir sua própria jurisprudência da semana passada ou vai confirmar que Tribunal virou quintal de Ricardo Coutinho?

O ex-prefeito Expedito Pereira teve sua inelegibilidade mantida por 4×2 no mesmo dia que o TRE iniciou o julgamento da AIJE do Empreender/Codificados, que também pede a inelegibilidade do ex-governador Ricardo Coutinho por abuso de poder político e financeiro.

Mas como no judiciário da Paraíba nem todo pau que dá em Chico dá em Francisco, Ricardo Coutinho contou com a benevolência do relator José Ricardo Porto, que nutri uma amizade antiga com Mago e já atuou como seu advogado.

Curiosamente, Zeca Porto não participou do julgamento de Expedito. Por certo, percebeu que seria incongruente demais manter a inelegibilidade de um, mas absolver outro, na mesma sessão, e pelo mesmo crime eleitoral.

Assim como Expedito, Ricardo Coutinho nomeou um exército de cabos eleitorais. Mas Ricardo fez pior, usou dos famigerados ‘codificados’ e admitiu quase 10 mil pessoas no ano eleitoral de 2014. Sem contar no programa Empreender, que teve seu orçamento dobrado para R$ 30 milhões e concedia crédito para gato e cachorro sem o menor critério.

Aliás, havia sim um critério; o eleitoral.

Mas Zeca Porto achou tudo normal. ‘De boa’, como se diz no popular. E aplicou uma simples multa, mantendo o ex-governador elegível.

Agora, nesta quinta, 18, chegará a vez dos demais juízes analisarem os crimes eleitorais relatados com perfeccionismo e farto conteúdo probatório no parecer do Ministério Público. Parecer este que levou 4 anos e contou com diversas perícias e dados da própria Controladoria do Estado, comprovando o uso da máquina por RC.

A Côrte pode consertar a lambança de Zeca Porto que já está comprometendo ainda mais a imagem do Tribunal. Ou simplesmente seguir o relator e escancarar para a sociedade que o TRE virou o quintal de Ricardo Coutinho e do PSB.

E todos os prefeitos terão um salvo-conduto da Côrte para estuprar a máquina pública na eleição de 2020.

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