As últimas pesquisas mostram que o candidato do PDT, Ciro Gomes, tem hoje entre 8 e 10% das intenções de votos, podendo chegar a 13% com a margem de erro, resultado obtido em 2018. No mês de junho da última eleição presidencial, Ciro pontuava com 4 ou 5%.
Manter 8 a 10% é muito, considerando a mais forte polarização desde a redemocratização. De um lado, um candidato que disputa a Presidência desde 89, e tem mais torcida que eleitor. Doutro, um populista que comanda uma horda de fanáticos lobotomizados.
Em resumo, aquilo que se convencionou chamar de bolsopetismo. Uma briga de torcida, sem debate, tentando enfiar goela abaixo os candidatos mais rejeitados e que representam o mesmo projeto econômico que não deu certo com FHC, Lula, Dilma, Temer e Bolsonaro.
Sem contar no modelo de governança – exatamente igual -, sempre compartilhando o poder com os gangsters do Congresso.
A grande mídia também comprou a polarização, claro. Ciro é o único que representa uma ameaça ao status quo que beneficia as elites desde o Império.
A propaganda eleitoral e a equidade na pauta política – e nas entrevistas – serão determinantes para o candidato do PDT a partir de agosto.
Ciro também resiste à máquina petista de destruir reputações. Aquela mesma máquina que, na campanha de 2014, dizia que faltaria pão na mesa do pobre se Marina Silva vencesse a eleição e desse autonomia ao Banco Central. Hoje o PT defende a mesma autonomia.
Os petralhas dizem que Ciro vai virar uma Marina. Jamais! Ciro tem um projeto, um ideal. Marina só tinha boas intenções e a vontade de ser presidenta.
Não é muito provável, mas daqui para outubro o eleitor pode acordar e perceber que nem Lula, muito menos Bolsonaro, têm um projeto de nação. É só poder pelo poder, com o PT melando a boca do pobre com água e açúcar, e Bolsonaro defendendo pautas de costumes.
O jogo só acaba quando termina…
