Com a renúncia de Luciano Cartaxo e a batida de pino de Romero Rodrigues, a opção de Lucélio Cartaxo ao governo aparece como alternativa competitiva e de manutenção da unidade das oposições. Irmão gêmeo do prefeito, Lucélio tem a vantagem de neutralizar a votação do PSB na Grande João Pessoa. Coisa difícil de acontecer com qualquer outra candidatura, principalmente de um campinense.
A transferência de votos através do prestígio do prefeito Luciano Cartaxo – com mais de 70% de aprovação -, seria facilitada pela singularidade da natureza; um é a cara do outro. E ainda tem o sobrenome Cartaxo que reforça a associação e poderia virar o nome de guerra da campanha.
Cartaxo, o Luciano, não seria candidato. Mas outro Cartaxo, o Lucélio, apresentaria o modelo de “gestão de resultados” implantado em João Pessoa para a Paraíba. Se o PSB vai dizer que João Azevedo ajudou a construir o projeto político vigente no Estado, Lucélio Cartaxo também pode colher os louros da gestão bem avaliada do irmão.
Além de afastar a re-união de Cartaxo com Ricardo Coutinho, a candidatura de Lucélio garantiria uma penetração importante para o senador Cássio, em João Pessoa, e uma estrutura de campanha que praticamente garantiria a reeleição do tucano.
Com o apoio da gestão de Romero e o voto cassista na Grande Campina e no interior, Lucélio não teria dificuldades em chegar ao segundo turno; muito provavelmente contra João Azevedo. Para isso, Cartaxo conta com uma rejeição muito baixa e um bom recall fruto da campanha ao Senado, em 2014, quando conquistou um terço dos votos e ficou em segundo lugar.
Sem contar no generoso tempo de TV da provável coligação (PSDB, PV, PSD, PP, PSC e PRB) e o apoio dos 7 prefeitos das 10 maiores cidades do estado.
Eis uma boa opção. Fica faltando um vice de Campina Grande, que poderia ser Pedro Cunha Lima…