Levando em consideração o histórico de Ricardo Coutinho, o golpe que ele deu no PSB não foi nenhuma surpresa.
Avesso à democracia partidária, Ricardo Coutinho sempre teve dificuldades para conviver em coletividade e respeitar decisões da maioria.
Um genuíno trotskista.
O partido só está certo quando segue o que ele pensa. Foi assim na eleição para prefeitura de João Pessoa, em 2000, quando RC não apoiou o candidato do partido (Luiz Couto) e fez campanha abertamente para o candidato do PSTU.
Ricardo tinha minoria na convenção, mas nunca aceitou a derrota para o grupo de Couto e Júlio Rafael, os quais RC acusava de “direitistas”. Mas anos depois lá estava o Mago abraçado com José Maranhão, à época um símbolo da direita conservadora.
Inclusive, foi nesta convenção que Ricardo Coutinho prometeu ‘pegar’ o ‘cabra safado’ e ‘imbecil’ Luiz Couto:
No ano de 2002, um acordo foi feito para que Avenzoar disputasse o governo do Estado pelo PT, abandonando seu mandato na Câmara Federal. No acordo com assinatura em documento, Ricardo Coutinho se comprometera a apoiar Avenzoar na disputa pela prefeitura de JP em 2004.
E o que Ricardo fez?
Saiu do PT para não cumprir o acordo.
Em 2011, manobrou na direção municipal do PSB para que Luciano Agra não disputasse a reeleição. E usou a máquina do Estado para cooptar filiados na convenção de cartas marcadas.
Ricardo não nasceu para conviver em democracia. Ele gosta mesmo é da política do golpe e das rasteiras. É um coronel com discurso republicano e práticas despóticas.
Para Ricardo Coutinho o mundo é dividido em dois grupos de pessoas; os equivocados e ele.