Presa no último sábado, 16, a ex-secretária de Administração nos governos de Ricardo Coutinho e João Azevedo, Livânia Farias, pode pegar até 45 anos de cadeia pelos crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e organização criminosa.
Os crimes de lavagem de dinheiro e corrupção passiva já foram tipificados pelo desembargador Ricardo Vital na decretação da prisão preventiva. Livânia ainda não foi acusada formalmente pela participação em organização criminosa, mas será no decorrer da instrução criminal.
A ORCRIM ainda está em investigação e a operação calvário aguarda novos elementos de prova, já que a suspeita envolve mais partícipes do alto escalão do governos do PSB.
Pelos crimes de corrupção passiva (Art. 317 CP) e lavagem de dinheiro (Art 1° da LC 9.613), Livânia pode pegar de 5 a 32 anos de prisão. Sendo 2 a 16 anos por corrupção passiva qualificada pelo § 1°. E de 3 a 16 anos pelo crime de lavagem de dinheiro com pena aumentada pelo § 4°, já que o crime foi reiterado e por intermédio de ORCRIM.
Considerada o ‘caixa’ da ORCRIM, Livânia pode pegar uma pena de 3 a 13 anos, aumentada pelo § 4°, inciso II, da Lei 12.850 por haver concurso de funcionário público.
A casa caiu, as provas são contundentes e só resta à Livânia colaborar com a Justiça para não passar o resto da vida atrás das grades.