Um possível rompimento entre o prefeito de Campina Grande, Bruno Cunha Lima, e o deputado federal Romero Rodrigues, seu fiador na campanha de 2020, tem pautado a política nos últimos dias.
Pode até haver motivos, mas o rompimento não seria vantagem a nenhum dos dois políticos.
Não seria interessante para Bruno um adversário com a popularidade de Romero. Ainda mais agora, com a oposição fragilizada e sem um nome forte para 2024.
Concorrer contra um prefeito que disputa a reeleição também não é interessante pra Romero Rodrigues, uma vez que a ‘máquina pública’ sempre exerce forte influência nas campanhas municipais. Principalmente agora que Bruno conseguiu quase R$ 300 milhões para fazer de Campina Grande um canteiro de obras, sem contar as emendas federais.
Romero hoje possui um mandato de deputado federal, ou seja, garantiu o seu lugar ao sol. Se for pra romper com um aliado histórico, que seja por algo muito vantajoso, como a vaga de vice na chapa de João Azevedo que Romero deixou escapar em 2022.
Contudo, Romero Rodrigues hoje é uma das maiores lideranças políticas de Campina, e tem estatura e prestígio para cobrar a indicação do vice na chapa de Bruno Cunha Lima, bem como mais espaços na gestão.
Caso contrário, aí sim, é pedir pra romper.