O prefeito de Campina Grande, Bruno Cunha Lima, retomou o favoritismo após reatar sua relação política com o deputado federal Romero Rodrigues.
Por quase dois anos, Romero sequestrou a pauta política da cidade e acabou fazendo sombra em Bruno, o que de certa forma prejudicou a imagem política do prefeito.
Agora, com Romero no palanque, Bruno chega à eleição como favorito, mas não vai ser uma eleição fácil.
O rompimento do PL, impondo uma candidatura bolsonarista, tende a tirar votos de Bruno Cunha Lima, contribuindo com um 2° turno.
Mesmo com candidatos ruins, o bolsonarismo tem pontuado entre 7% e 10% nas grande cidades. É o voto ideológico, mais radical.
Além de Artur Bolinha (PL), mais três nomes vão disputar o campo da oposição: Inácio Falcão (PdcoB), Jhony Bezerra (PSB) e André Ribeiro (PDT).
Inácio e Jhony contarão com um bom tempo de TV, assim como Bruno Cunha Lima. Nesse quesito eles estarão quase em pé de igualdade.
Diante do cenário, é muito provável que a eleição em Campina seja definida no 2° turno, o que não acontece desde 2012, quando Romero derrotou a então sucessora de Veneziano, Tatiana Almeida.
Também é provável que Bruno Cunha Lima enfrente Jhony no 2° turno, uma vez que o socialista conta com o apoio da máquina do estado, tem feito uma boa pré-campanha e pode surpreender nos debates.
A vantagem de Jhony sobre Inácio são muitas; além da juventude, o candidato do PSB é melhor de discurso e tem a secretaria de Saúde como seu portfólio administrativo.
Com o vereador Marinaldo (Republicanos) na vice, Jhony também conseguiu avançar nas bases de Romero.
Uma coisa é certa, se houver um 2° turno entre Bruno e Jhony, será uma disputa de alto nível, mas com o prefeito mantendo o favoritismo.
Vale lembrar que a taxa de reeleição nas grandes cidades é alta.