Buega Gadelha é alvo de operação da Polícia Federal pela segunda vez

A Polícia Federal desencadeou na manhã de hoje a Operação Cifrão, que apura prática de crimes relativos à aplicação e desvio de recursos das entidades que compõem o chamado Sistema “S” da Indústria no Estado da Paraíba. Um dos mandados de busca e apreensão foi cumprido logo cedo na residência do industrial Francisco de Assis Benevides Gadelha (Buega), presidente da Federação das Indústrias do Estado da Paraíba (Fiep) em Campina Grande. “Buega” chegou a ser preso em fevereiro do ano passado no âmbito da Operação Fantoche, da Polícia Federal, com a colaboração do Tribunal de Contas da União, que investigava crimes contra a administração pública, fraudes licitatórias, associação criminosa e lavagem de ativos.

No caso da Operação Cifrão, informes demonstram que em apenas três contratos auditados pela Controladoria Geral da União foram desviados mais de R$ 2 milhões em proveito de empresas, empresários e pessoas vinculadas ao Sistema “S”. Ao todo foram expedidos 28 mandados de busca e apreensão nas cidades de João Pessoa e Campina Grande. Entre os alvos estão ainda dirigentes do Serviço Social da Indústria (Sesi) na Paraíba, em cujo Departamento Regional teriam se originado os crimes arrolados. A ação conjunta envolveu a CGU, Polícia Federal, Ministério Público Federal e o Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco). Teria sido descoberto indício de superfaturamento de mais de dois milhões de reais em três obras de construção e reforma de Centros de Atividades do SESI/PB, além de vínculos entre os sócios das empresas contratadas e colaboradores e dirigentes do Sistema Indústria da Paraíba (Fiep, Sesi, Senai e Instituto Euvaldo Lodi).

Com o aprofundamento das investigações pelos órgãos parceiros, constatou-se que foram feitas movimentações financeiras entre as contas bancárias das empresas contratadas e de pessoas relacionadas direta ou indiretamente ao Sistema Indústria da Paraíba. O desvio de recursos destinados ao SESI acarreta prejuízo para toda a comunidade que é atendida pelo SESI, incluindo indústrias e trabalhadores em gestão da Segurança e Saúde no Trabalho e na promoção da saúde e educação dos trabalhadores, seus dependentes e comunidades.

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