Você aceitaria ser auxiliar de um político que foi preso em flagrante com dinheiro na cueca? Raoni Vita, candidato à presidência da OAB aceitou. Raoni ocupou o cargo de procurador da cidade de Bayeux na gestão do ex-presidiário Berg Lima. O fato do então prefeito ter sido preso em flagrante por corrupção não constrangeu em nada o candidato:
O mais curioso é que Raoni Vita tem combatido a politização na OAB, como se fosse crime candidatos terem relações políticas. Não é. Mas certamente é imoral o fato de um candidato à OAB aceitar ser auxiliar de um prefeito que envergonhou a Paraíba e foi manchete nacional.
O próprio currículo do candidato ajuda a desconstruir seu discurso antipolítico. Além da prefeitura de Bayeux, Raoni Vita já ocupou cargos de confiança nas prefeituras de João Pessoa, Riachão do Bacamarte, Barra de São Miguel e Conde.
E tudo bem. Com exceção do cargo na gestão do ex-presidiário Berg Lima, não há conflito ético ou moral em ocupar funções de confiança na política. Mas é muita hipocrisia criticar os demais concorrentes por aquilo que o próprio candidato pratica. Exigindo que os outros se comportem dentro de certos parâmetros de conduta moral que a própria pessoa não adota.