Advogado particular do governador Ricardo Coutinho, que cuida dos barracos envolvendo Pâmela Bório, o advogado Sheyner Asfóra contou com o apoio da máquina estadual e da imprensa chapa branca do governo na eleição da OAB, principalmente na disseminação de fake news contra a gestão de Paulo Maia.
Talvez por conta da partidarização da sua chapa, uma espécie de girassóis da advocacia, a campanha de Sheyner foi a mais politiqueira e apelativa da eleição, sendo pioneira na internalização do fenômeno das fake news na OAB.
Incorporando Bolsonaro e apelando para a pós-verdade, Sheyner fez uma campanha baseada no senso comum e usou o discurso fácil do combate aos privilégios. Mas esbarrou num eleitorado mais crítico e menos receptivo às falácias e só conseguiu 18,13% dos votos.
Sheyner fez da eleição da OAB um vale-tudo, com pesquisas irreais, ataques pessoais aos conselheiros e práticas duvidosas que podem levá-lo a responder tais condutas no conselho de ética da Ordem.
Fica a lição. Eleição da OAB é diferente da eleição para prefeito.