Parece que o retiro prisional do prefeito afastado de Bayeux, Berg Lima, não serviu para mudar sua personalidade. É o mesmo Berg Lima de antes; arrogante, mestre na arte de ludibriar as pessoas e um brincante com a fé alheia. A máscara de Berg caiu há cinco meses com sua prisão em flagrante, mas a cara de pau continua a mesma.
A retórica não mudou, é o mesmo Berg Lima que se esconde atrás de Deus e não cansa de repetir as palavras “fé”, “oração” e “clamor”.
A fala mansa também é a mesma, evidenciando que Berg Lima é, sempre foi, e continuará sendo um político dissimulado, representando tudo de ruim que ele prometia combater da “velha política”, jargão que historicamente serviu de alicerce para seus discursos falaciosos. Berg é simplesmente tudo aquilo que ele criticava. E um pouco mais.
Após cinco meses de silêncio, todos esperavam uma justificativa para o triste episódio que maculou a cidade de Bayeux para sempre. A tal “armação”, alardeada pelas viúvas do poder municipal, poderia finalmente ser explicada por Berg. Mas o garoto da “atitude” preferiu se calar. E quem cala, consente. Até porque o flagrante não deixa dúvidas sobre a conduta criminosa. Se alguém armou contra Berg, foi ele mesmo, tomado pela ganância e iludido com o dinheiro fácil.