Principal arquiteto do blocão que reelegeu o prefeito Luciano Cartaxo em 2016, o senador Cássio Cunha Lima começa a perder as rédeas da oposição e vê a conjuntura política tomar caminhos nebulosos. Será que tanto esforço para acabar com a hegemonia do PSB terá sido em vão?
O mais curioso é que o agente desagregador do bloco da oposição veio de dentro do próprio PSDB, com a pré-candidatura de Romero Rodrigues. Sem adotar uma postura mais dura, como já fez em 2010 para beneficiar a candidatura de Ricardo Coutinho, em detrimento de Cícero Lucena, Cássio não deu o exemplo dentro da própria casa e a instabilidade do bloco alimentou outra candidatura; a de Zé Maranhão.
Inicialmente o receio era uma pulverização de candidaturas da oposição, beneficiando o candidato do governo, que num cenário de 4 candidaturas certamente estaria no segundo turno. Mas a coisa desandou tanto que o receio agora é outro; a união de Cartaxo com Ricardo Coutinho.
O cenário de instabilidade gerado por Romero e Maranhão, deixou Cartaxo com uma pulga atrás da orelha. Como favorito, Luciano Cartaxo é o pré-candidato que mais tem a perder, pois ao se descompatibilizar da gestão, verá a prefeitura ser comandada pelo PMDB, partido que ironicamente poderá ser o adversário em alguns meses.
Sem as certezas de que precisa, Cartaxo começa a ser empurrado, novamente, para o jardim dos girassóis. O senador Cássio não cuidou do próprio quintal e poderá reviver o pesadelo de 2014…