Ciro Gomes não assina manifesto em defesa de Lula

Pré-candidato a presidente da República, Ciro Gomes (PDT) não assinou nem deu resposta ao pedido para assinar o manifesto “Eleição sem Lula é Fraude”, lançado em dezembro em defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O documento é iniciativa do projeto Brasil Nação, do qual Ciro é integrante.

O manifesto foi lançado em 19 de dezembro. A iniciativa tem à frente nomes como o compositor Chico Buarque e o escritor Raduan Nassar. Os ex-presidentes Pepe Mujica, do Uruguai, e Cristina Kirchner, da Argentina, assinam o documento. Pré-candidata a presidente, a deputada estadual Manuela D’Ávila (PCdoB-RS) disse que irá aderir. Cogitado para concorrer, Guilherme Boulos, coordenador do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), endossou a iniciativa. As adesões passam de 100 mil.

Ciro tenta viabilizar-se como candidato de centro-esquerda e atrai a simpatia de aliados de Lula. Ele foi ministro da Integração Nacional da administração do petista e apoiou o governo em todo o ciclo Lula-Dilma Rousseff (PT).

O ex-governador cearense dá sinais ambíguos em relação a Lula. Embora tenha dado sinais de que defende o ex-presidente, no mês passado ele foi na contramão do manifesto edefendeu celeridade na decisão Judicial sobre Lula: “Justiça boa é Justiça rápida”, o que irritou petistas.

Em 2016, ele chegou a dizer que não seria candidato contra Lula. Recentemente, mudou de posição. Em 2017, afirmou não crer que o petista será candidato, mas disse torcer para que ele não seja condenado.

Pelas pesquisas, Ciro se favorece do cenário de disputa sem Lula. No último Datafolha, o pedetista chegou a no máximo 7% nos cenários com o petista. Já nas simulações sem Lula, ele atinge 13% e teria chance de ir ao segundo turno.

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