Considerado um dos melhores prefeitos de Campina Grande, Romero Rodrigues conseguiu consolidar uma imagem de trabalho, carisma e simplicidade ao longo da sua trajetória política. Já foi vereador, secretário de estado, deputado estadual e federal. Ou seja, tem uma história, muito mais admirável que a do Capetão, por sinal. Mas por que Romero continua colado em Bolsonaro? Ninguém sabe responder.
Mas as consequências são previsíveis. Tamanha associação de imagem vai prejudicar o pré-candidato a governador. Fora de Campina, Romero não será lembrado pelos seus feitos como gestor, mas como o candidato de Bolsonaro – o presidente mais rejeitado da história.
Ninguém entende o porquê, mas Romero está deixando a sua luz própria de lado para se nutrir do obscurantismo da extrema-direita bolsonarista.
Com uma associação muito menor, mas por fazer defesas de Bolsonaro na rádio Correio, Nilvan Ferreira foi taxado de candidato bolsonarista na eleição de João Pessoa, e deu no que deu.
Romero precisa refletir sua estratégia, uma vez que a eleição de 2022 terá uma carga ideológica sem precedentes. E no Nordeste, ter fama de bolsominion é pedir para perder eleição.