Já é prego batido e cabeça virada a entrada do governador João Azevedo no PDT. A articulação foi feita por cima e, como uma via de mão dupla, todos ganham, inclusive o presidenciável Ciro Gomes, que já articula a entrada de outros governadores do Nordeste.
Para João, PDT é o melhor caminho, pois se mantém no campo democrático e distante de qualquer associação com o moribundo bolsonarismo. No PDT, o governador se vacina contra a velha estratégia de Ricardo de se autoproclamar o candidato do campo progressista, jogando a eleição para aquele velho maniqueísmo.
Damião Feliciano não terá argumentos para barrar a entrada do governador. A situação do partido na Paraíba não condiz com o tamanho do PDT em nível nacional, principalmente agora com a consolidação de Ciro Gomes como uma terceira via.
Aqui, o PDT sempre foi um partido nanico e familiar. Não tem prefeitos, vereadores em João Pessoa e Campina Grande, deputado estadual, nada. É um partido que historicamente foi usado para assegurar o mandato de Damião Feliciano.
E só.
É a nova ordem política da Paraíba e seus efeitos colaterais.