As comparações entre a posição de Jair Bolsonaro e de partidos de esquerda sobre a invasão da Ucrânia pela Rússia têm incomodado o núcleo duro de aliados do presidente brasileiro.
Auxiliares presidenciais detectaram que a comparação feita por adversários tem colado entre apoiadores de Bolsonaro,fato que acendeu o alerta no entorno do chefe do Palácio do Planalto.
Preocupado, o núcleo duro do presidente decidiu entrar em campo para conter eventuais prejuízos políticos. A principal reação partiu do vereador do Rio de Janeiro Carlos Bolsonaro (Republicanos).
O vereador alegou que o antigo aliado do pai compartilhava “fake news” ao dizer que a posição do presidente sobre a Rússia “converge com a da oposição de extrema esquerda”.
Dualidade
As comparações com as posições de partidos de esquerda partem do próprio discurso do presidente. No domingo (27/2), por exemplo, Bolsonaro pregou “neutralidade” do Brasil ante a invasão russa da Ucrânia.
Ao mesmo tempo, a dualidade praticada pelo governo ante a crise entre Rússia e Ucrânia serve como munição para a defesa do presidente feita por bolsonaristas.
Aliados do presidente, como Carlos Bolsonaro, utilizam as posições do Brasil no Conselho de Segurança e na Assembleia Geral da ONU para argumentar que Bolsonaro condena a invasão russa.
Igor Gadelha