O vereador licenciado Carlos Bolsonaro (PSC-RJ) seguiu orientação dos advogados para apagar seus perfis em redes sociais antes do depoimento que deve prestar à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) das Fake News no Congresso.
Carluxo também estaria irritado com reprimendas feitas pelo pai, que já havia pedido moderação nas postagens do Twitter.
O vereador licenciado é dos líderes da ala mais radical do bolsonarismo e aliado do escritor Olavo de Carvalho.
O assunto fake news voltou a ganhar destaque nas páginas da imprensa nas eleições presidenciais do ano passado, quando houve uma campanha ilegal contra o então presidenciável Fernando Haddad (PT) financiada por empresas e que teve como base a divulgação de notícias falsas no WhatsApp para prejudicá-lo e favorecer Jair Bolsonaro.
Conforme denunciou uma reportagem do jornal Folha de S. Paulo, cada contrato chega a R$ 12 milhões e, entre as empresas compradoras, está a Havan.
No mês passado, o WhatsApp admitiu que a eleição teve uso de envios massivos de mensagens, com sistemas automatizados contratados de empresas.
“Na eleição brasileira do ano passado houve a atuação de empresas fornecedoras de envios massivos de mensagens, que violaram nossos termos de uso para atingir um grande número de pessoas”, afirmou Ben Supple, gerente de políticas públicas e eleições globais do WhatsApp, em palestra no Festival Gabo, segundo outra reportagem do jornal paulista.