É notório que o senador Cássio Cunha Lima já não exerce a autoridade de outrora sobre os seus liderados. Primeiro deixou Romero Rodrigues brincar de pré-candidato a governador, quando todos sabiam que ele não teria coragem de largar a prefeitura.
Uma tragédia anunciada e que foi alertada pelo blog por diversas vezes. Cássio deixou a coisa correr solta e a pré-candidatura “fake” de Romero só serviu aos interesses de Ricardo Coutinho que se viu aliviado com a desistência do então favorito Luciano Cartaxo.
E agora um fato novo revela que o senador Cássio vem perdendo sua autoridade dentro do próprio gabinete. A declaração de apoio do seu assessor Renato Martins, ex-vereador de JP, à candidatura de José Maranhão não se traduz em votos, mas tem um simbolismo muito grande. Por analogia, é como se um secretário de Luciano Cartaxo declarasse apoio a qualquer outro candidato ao Senado, menos Cássio.
Renato Martins virou assessor de Cássio em 2017, mesmo depois de acusá-lo de traidor por romper com Ricardo Coutinho, em 2014. À época, Renato dizia que as promessas de campanha que Ricardo não conseguiu cumprir eram resultados da herança maldita que recebeu dos governos de Cássio, Maranhão e Ronaldo.
O senador Cássio precisa agir e restabelecer a sua autoridade, principalmente dentro de seu gabinete. Senão vai abrir um precedente perigoso para que auxiliares de Luciano Cartaxo resolvam seguir o exemplo de seu assessor e inversamente não votem no tucano.
E internamente, outros cassistas podem se sentir “liberados” a não votar em Lucélio Cartaxo.