O candidato à Presidência da República pelo PT, Luiz Inácio Lula da Silva, terá 340 inserções na televisão e rádio a mais que o seu adversário, Jair Bolsonaro (PL). Esse aumento está diretamente ligado às decisões do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que deu direito de resposta ao petista após ataques de peças da campanha bolsonarista.
Inicialmente, ambos os candidatos do segundo turno das Eleições 2022 teriam 225 peças publicitárias entre os dias 20 e 28 de outubro, sendo 25 por dia, de até 30 segundos. Mas com as decisões do TSE, Lula receberá mais 184 propagandas, tiradas da própria soma do liberal. Enquanto isso, Bolsonaro também recebeu inserções do seu adversário, mas apenas 14.
Com um total de 395 comerciais de televisão, Lula tem uma diferença de 340 para Bolsonaro, que terá apenas 55. Esse modelo de propagandas é diferente dos horários eleitorais gratuitos, os quais reservam dez minutos do tempo de TV e rádio, cinco para cada candidato. As inserções ocorrem todos os dias, durante toda a programação das emissoras, totalizando 25 por dia.
Direitos de resposta inéditos
Os direitos de respostas dos candidatos são algo inédito na história das eleições. Após peças dos liberais acusarem o ex-presidente de “corrupto” e “ladrão” e relacionar “criminalidade e Lula com votos nos presídios” em diversos momentos, o ministro do TSE, Paulo de Tarso Vieira Sanseverino concedeu as 184 propagandas como resposta. Da mesma forma, a campanha de Bolsonaro vai receber 14 inserções, após acusações da oposição de que o atual presidente tinha associação com “canibalismo”.