Documentário a favor de Ricardo Coutinho inaugura o negacionismo da corrupção

Depois do negacionismo climático, histórico e científico, eis que surge o negacionismo da corrupção. É a canalhice em sua plenitude.

O documentário “Justiça contaminada: o teatro do lavajatismo na Paraíba”, uma peça político-jurídica de muito mau gosto tenta fazer de Ricardo Coutinho um Lula, e da Operação Calvário uma Lava Jato.

Mas para alcançar seus objetivos, os cineastas da corrupção esconderam a cereja do bolo da Operação Calvário, justamente a gravação onde o ex-governador Ricardo Coutinho aparece contabilizando a sua mesada de R$ 360 mil, oriunda do roubo à saúde pública da Paraíba através de contratos superfaturados com a Cruz Vermelha:

Houve um tempo em que político flagrado em corrupção tinha a decência de sumir da vida pública. Hoje, ao contrário, não largam o osso e ainda querem transformar mocinhos em bandidos.

Além de esconder o fato que Daniel Gomes, ex-operador da Cruz Vermelha, gravou as conversas com Ricardo Coutinho bem antes do início das investigações, o documentário ainda colocou palavras na boca de Livânia Farias, ex-secretária de RC e principal operadora do esquema. Nesta segunda, 09, Livânia negou as supostas declarações.

“Declaro que não autorizei a veiculação dessas cartas e nem da minha imagem ou voz a quem quer que seja, bem assim jamais afirmei existir qualquer negociação ou conluio por parte dos órgãos do sistema de Justiça”, diz a carta.

No país da corrupção, além de não ir pra cadeia, corrupto ainda ganha documentário.

É o fim dos tempos. Jesus já pode voltar.

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