Ricardo Coutinho construiu sua trajetória política fazendo contraponto à velha política e se apresentando como um republicano que iria devolver o Estado para o povo.
Os anos passaram e Ricardo Coutinho se revelou mais um oportunista sedento por privilégios. Hoje RC recebe uma pensão como ex-governador no valor de R$ 23 mil e um salário de mais de 30 mil do PSB; dinheiro público, do fundo partidário, como já noticiei aqui.
Um republicano de verdade teria fechado a Granja Santana como residência oficial e transformado aquilo num equipamento público. Mas RC preferiu viver uma vida de rei, com muito luxo, lagostas e vinhos.
Um republicano de verdade não teria lotado quase toda a família em cargos públicos.
O que diferencia Ricardo de José Maranhão?
Nada. São dois Marajás.
Será que Ricardo Coutinho sabe mesmo o que é ser republicano?
Sugiro a leitura da fantástica síntese feita pelo historiador José Murilo de Carvalho:
“Ser republicano é crer na igualdade civil de todos, sem distinção de qualquer natureza”.
“É rejeitar hierarquias e privilégios”.
“É não perguntar: ‘Você sabe com quem está falando?’”
“É responder: ‘Quem você pensa que é?’”
“É crer na lei como garantia da liberdade”.
“É saber que o Estado não é uma extensão da família, um clube de amigos, um grupo de companheiros”.
“É repudir práticas patrimonialistas, clientelistas, familistas, paternalistas, nepotistas, corporativistas”.
“É acreditar que o Estado não tem dinheiro, que ele apenas administra o dinheiro pago pelo contribuinte”.
“É saber que quem rouba dinheiro público é ladrão do dinheiro de todos”.
“É considerar que a administração eficiente e transparente do dinheiro público é dever do Estado e direito seu”.
“É não praticar nem solicitar jeitinhos, empenhos, pistolões, favores, proteções”.
“Ser republicano, já dizia há 346 anos o Jesuíta Simão de Vasconcelos, É NÃO SER BRASILEIRO”.