Doria se pendura em Temer e se arrisca a morrer eleitoralmente

O prefeito de São Paulo, João Doria, do PSDB, decidiu ser um dos principais fiadores do apoio do PSDB a Michel Temer, primeiro ocupante da presidência denunciado por corrupção na história do Brasil.

“Você não pode estabelecer a culpabilidade antes que ela exista. Você não pode estabelecer o juízo que não cabe a nós, nem opinião pública, nem ao Poder Executivo, nem tão pouco aos jornalistas, mas sim ao Judiciário, que deve tomar a decisão final”, disse Doria em Brasília, após se reunir nesta quarta-feira, 28, com os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM), e do Senado, Eunício Oliveira.

Para Doria, o momento agora é garantir a “governabilidade” do Brasil. “A governabilidade existe. Estamos aqui. Em relação ao PSDB, essa é uma decisão do diretório nacional. A executiva nacional é que deve decidir. Não sou membro dessa executiva. Cabe a ela essa decisão de prosseguir ou não. A minha visão é a visão da governabilidade”, destacou.

Como Temer é rejeitado por mais de 90% dos brasileiros, Doria se arrisca a morrer abraçado a ele. No PSDB, o ex-presidente FHC, que pediu a renúncia de Temer, disse que Doria não fez nada em São Paulo, a não ser mexer no celular, enquanto o senador José Serra o acusou de ser um blefe; curiosamente, Doria vinha adotando um discurso fascista em relação ao ex-presidente Lula e dizia que iria visitá-lo em Curitiba.

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