A constante agressividade presente nos discursos de Ricardo Coutinho parece que não é só retórica de político em momentos de euforia; o homem é bruto mesmo. Depois de prometer surras de vara e pisas de cipó nos adversários, além de palmadas no saudoso Luciano Agra, o “coroné” Ricardo Coutinho foi denunciado pela ex-primeira dama Pâmela Bório, com base na Lei Maria da Penha.
O fato de Pâmela ter sofrido violência psicológica não é novidade. Num áudio “vazado” pela própria, na eleição de 2014, escutava-se Ricardo dizendo: “Doida, você vai se juntar com quem você quiser! Agora não faça isso não, que você vai ver o que é um doido, viu? Você vai ver o que é um doido!”.
Mas parece que o doido não ficou só nas promessas e foi mais além. É o que afirma Pâmela na Justiça e nas redes sociais. Entre outras coisas, Pâmela acusa o governador de violência verbal e física, de alienação parental e de fazê-la perder trabalho como jornalista. Conta que teve dentes quebrados e chegou a ser enforcada pelo governador.
Em texto publicado nas redes sociais (veja íntegra abaixo), Pâmela diz que pediu medidas protetivas contra o governador. Ela reafirma que sofreu agressão por parentes de Ricardo Coutinho após uma discussão na residência oficial do governador em 2015. Na ocasião ela registrou boletim de ocorrência.
Mesmo sofrendo com a mão pesada do Estado, Pâmela tem revelado a verdadeira face de Ricardo Coutinho e vem causando mais estragos que toda a oposição na Assembleia Legislativa…
Confira a postagem de Pâmela na íntegra:
“ Ainda casada com o atual governador, sofria violência psicológica (ameaças a mim e às amigas e familiares, alienação parental e chantagem emocional com o meu filho), violência patrimonial (tiraram meu programa do ar), violência moral (ao ponto de veículos que recebiam verba institucional me desabonarem com imputações que iam de gastos públicos não realizados e aliados que produziam falsas notícias ou deturpações no intuito de criarem uma imagem de mulherzinha, ao passo que sempre estudei, trabalhei, batalhei por cada conquista em uma carreira sólida de 15 anos de jornalismo e nunca dependi de marido ou governo) e, a pior, violência verbal e física quando aconteciam brigas como aquela em que foi vazada quando o governador chutou minhas muletas, me xingou e me ameaçou: “você vai ver o que é um doido”. Em outro episódio, puxou meu braço dentro da residência e me ameaçou com “pena capital”, segundo suas palavras. Não satisfeito, após o divórcio ocorrido em março de 2015, ainda continuou com diversas violências contra mim. O próprio acordo consensual perdurou após quase 2 anos de separação com muitas dificuldades de concretização (para me conceder o divórcio, me coagiu a ter perda patrimonial a fim de eu conseguir a tão sonhada paz que não acabou me permitindo). Um mês depois, mandou delegado me intimar para eu falar tudo o que sabia sobre a morte de Bruno Ernesto em tentativa de intimidação. Pouco mais de 2 meses após o divórcio, mandou sua funcionária me bater dentro da minha residência, em noite de véspera do feriado de Corpus Christi (pois assim manobraria plantonistas após o ocorrido) e ainda na frente do meu filho pois sabia que diante dele eu nunca esboçaria reação a fim de preservá-lo e protegê-lo. Com o mesmo modus operandi, planejou e concretizou outra agressão física, desta vez no 7 de setembro daquele ano e pior: tentativa de homicídio pois sofri enforcamento e me foram quebrados dentes!”
Polítika com Congresso em Foco