Termos como paridade de gênero e igualdade são comuns na sociedade, mas poucos na política e nas entidades de classe transformam o discurso em prática.
O próprio presidente Lula faz da paridade de gênero um jargão em seus discursos, mas em duas oportunidades indicou homens para o Supremo Tribunal Federal.
Ao propor a paridade de gênero para a eleição que vai escolher um desembargador pelo quinto constitucional, formando uma lista sextupla (três advogados e três advogadas), o presidente da OAB, Harrison Targino foi além do discurso pela igualdade de gênero.
A proposta de Harrison busca combater uma realidade histórica na Justiça brasileira: a ausência sistemática de mulheres nos cargos mais altos na estrutura. Embora constituam cerca de 51% da população brasileira, atualmente elas correspondem a 38% da magistratura, sendo 40% no 1º grau e apenas 21,2% no 2º grau.
Sob o comando de Harrison Targino a OAB dá exemplos e já vem adotando a paridade de gênero internamente. Tanto a diretoria quanto o conselho são paritários.