O deputado federal Gervásio Maia é o tipo de político que ninguém gosta, mas atura. Sempre desagregador, Gervásio (ainda presidente estadual do PSB – ninguém sabe como), deu a entender esta semana que o partido poderá ter candidatura própria em João Pessoa, cidade comandada por um aliado do governador João Azevedo.
Uma aliança que foi firmada quando Gervásio era adversário do governador e aliado do ex-presidiário Ricardo Coutinho.
O deputado só conquistou a reeleição porque a sorte o ajudou. Até então sem uma cauda para que o PSB conquistasse uma vaga na Câmara Federal, Gervásio foi salvo pelo retorno de João Azevedo ao PSB, que lhe entregou uma chapa pronta.
Com a baixa votação que teve, Gervásio Maia estaria sem mandato caso o governador não tivesse retornado ao partido.
Além do perfil desagregador, Gervásio também não possui estatura para comandar um partido importante como o PSB. Na eleição de outubro, o deputado foi protagonista de um barraco em Guarabira envolvendo aliados do deputado estadual Raniery Paulino.
A continuidade de Gervásio no comando do PSB vai na contramão da lógica politica. O natural é que o governador seja o presidente do seu partido.
João Azevedo é a maior liderança do PSB e tem muito mais prestígio e jogo de cintura para comandar a legenda, ou no mínimo, indicar um aliado menos desagregador e mais habilidoso.
Ainda há outro fator preponderante, Gervásio não é um político de confiança…