A perseguição continua sendo característica marcante do governo do PSB, que não consegue conviver com o contraditório e constantemente pede a cabeça dos profissionais da imprensa que se recusam a lamber as botas do governador Ricardo Coutinho.
O fato envolvendo a demissão do jornalista e radialista Anderson Soares é duplamente lamentável. Primeiro porque revela a subserviência da grande mídia paraibana ao governo e a permissividade com a prática da censura. Segundo porque o pedido de demissão de Anderson partiu de um outro jornalista, o secretário de comunicação Luis Tôrres.
Insatisfeito com uma matéria sobre a divisão interna no PSB em relação à candidatura de João Azevedo, Luis Tôrres ligou para o dono do sistema Arapuan, João Gregório, e exigiu que a postagem fosse subtraída do blog, que por ser independente, não deve satisfação ao Sistema Arapuan.
A “desobediência” de Anderson foi o suficiente para que o secretário de Comunicação ordenasse a sua demissão. Luis Tôrres acredita que os milhões depositados na conta do sistema Arapuan lhe dão o direito de montar e desmontar a equipe de jornalistas como ele bem entender. E realmente é o que ele tem feito, escalando “cabos eleitorais” para ancorar os programas da rádio.
O secretário de comunicação se esquece que já esteve do outro lado do batente e também foi perseguido. Mas o mundo gira…
Ao amigo Anderson Soares, o reconhecimento pela coragem de fazer um jornalismo livre e não se deixar amordaçar por um governo que sustenta sua imagem pública comprando opinião.