O presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, descreveu os rumos do partido nestas eleições após opções de pré-candidaturas desistirem da corrida presidencial, como o senador Rodrigo Pacheco (PSD) e o ex-governador Eduardo Leite, do Rio Grande do Sul. Para o ex-ministro, “não é impossível” apoiar Ciro Gomes (PDT), enquanto uma aliança com Lula ou Bolsonaro, no primeiro turno, está descartada.
Apesar de citar o pedetista como um “excelente candidato” e “única terceira via”, Kassab advertiu que ele precisa ter, até junho, pelo menos 10% na pesquisa espontânea, além de 15% no cenário estimulado. Só assim, Ciro teria chances de receber apoio do PSD e de outros partidos, o que garantia mais tempo de TV e dinheiro.
“Nenhum partido vai fazer aliança com um candidato como o Ciro se ele não chegar, no início de junho, a 15%, 16%. Não é fácil, com menos de 15%, conseguir alcançar o Bolsonaro. Bolsonaro e Lula estão com votos muito consolidados”, comentou o presidente do PSD.
Após ficar sem nomes relevantes para a disputa presidencial, Kassab revelou que o partido caminha para não ter candidatura, de maneira que cada estado poderá ter a liberdade de fazer as alianças necessárias. Por outro lado, o ex-ministro bateu o martelo: Lula e Bolsonaro não terão o apoio da legenda no primeiro turno.
“O partido caminha para não ter candidatura. Estamos consultando cada estado, cada liderança”, pontuou Kassab. “Eu acho que uma coligação com o Lula, no primeiro turno, é difícil. Também, com Bolsonaro, é difícil”, continuou.