Quem escutou a entrevista da vice-governadora Lígia Feliciano no programa Correio Debate, nesta segunda, 16, percebeu o medo que Lígia tem do governador Ricardo Coutinho. Lígia sequer confirmou que é pré-candidata e disse que ainda estava escutando o povo.
Mas que povo, doutora? Já estamos quase em maio e as coligações em plena formação.
Dominada pelo medo, Lígia Feliciano também não confirmou o acordo feito com Ricardo Coutinho, em 2014, condicionando a candidatura de vice-governadora à saída de Ricardo para disputar o Senado.
Mesmo sendo massacrada na imprensa pelo secretário de Comunicação Luis Tôrres, Lígia não deu nenhuma resposta firme às perguntas dos entrevistadores e preferiu ficar em cima do muro.
Ficou nítido que Lígia não estava falando com o coração e a todo tempo escondia seu juízo de valor sobre o momento político, as chantagens e as negociatas que Ricardo Coutinho propunha para que ela também renunciasse o cargo e um novo governador fosse eleito pela Assembleia.
Resumindo, Lígia não é nem contra, nem a favor, muito pelo contrário.
E vice-versa.