Luiz Couto senador; por que não?

Considerado o deputado federal mais qualificado e atuante da última década, Luiz Couto hoje é a esperança do eleitor progressista que não quer votar em Cássio Cunha Lima, Veneziano ou Raimundo Lyra para o Senado. Para o eleitor de Lula, todos eles são golpistas e responsáveis pela ascensão do presidente mais corrupto da história.

Mas este eleitor está à deriva, órfão de candidato.

Equivocadamente o PT nunca tentou eleger um senador através do prestígio de Lula e da avaliação positiva do governo federal na era Lula-Dilma. Era o PMDB que espertamente usava o lulismo para se dar bem, seja com Vitalzinho, Maranhão, Roberto Paulino ou Wilson Santiago.

Mesmo sem lançar a pré-candidatura ao Senado, Luiz Couto já pontua bem nas pesquisas internas. Inclusive à frente de quem já tem mandato e muitos dólares pra gastar. E proporcionalmente – e circunstancialmente –  melhor que muito profissional da política com tradição familiar, mas pouco conteúdo.

O sentimento pós-golpe favorece uma candidatura realmente lulista. Lula detém mais de 60% das intenções de votos na Paraíba, e não seria uma utopia eleger para o Senado Federal um político da qualidade de Luiz Couto.

A estratosférica rejeição ao governo Temer é outro ponto positivo para o padre, pois na lógica do eleitor médio e simpático ao PT, todo político que ajudou a derrubar Dilma é co-autor desse governo sustentado por um Congresso de picaretas e um judiciário vendido.

De todos os candidatos ao Senado, Couto é o único que não votou a favor das reformas de Temer e foi contra o impeachment da Dilma. Portanto, seria ele o único na disputa com propriedade para acusar o golpe e associar todos os demais a Temer. Além disso, Luiz Couto tem um passado limpo e os adversários não teriam o que criticar, a não ser que inventassem.

A popularidade também é boa. O tempo de TV é generoso. E aliado ao prestígio, à estrutura financeira e a militância do governador Ricardo Coutinho, Luiz Couto passa a reunir todos os elementos para surpreender e virar o primeiro senador petista da Paraíba.

O momento é oportuno, duas vagas estão em disputa e o povo quer votar em gente decente pra combater a corrupção. E tudo indica que a maior crise política da história do Brasil vai resultar na maior taxa de renovação do Congresso, desde a redemocratização.

Comentar com Facebook

Comentários

Opinião

Mais Lidas

Outras Notícias