A Paraíba vive uma condição sui generis na política. É o único estado com um governador progressista, que já declarou voto em Lula, tem o PT na gestão, porém, mesmo assim, não conta com o apoio recíproco do presidente da legenda, mais precisamente Jackson Macedo; um burocrata sem voto nem pra se eleger síndico.
A relação passional que Jackson mantém com Ricardo Coutinho é uma questão de foro íntimo e precisa ser respeitada. Mas não é admissível que um partido com a tradição do PT continue sendo usado como instrumento de vingança pessoal de um ex-governador que caiu em desgraça ao ser gravado negociando propina da Saúde.
Se o objetivo é eleger Lula e derrotar Bolsonaro, o PT precisa escolher o que é mais importante; o projeto nacional ou a paixão desmedida de Jackson Macedo por Ricardo Coutinho.