O presidente do PSL, o deputado federal Luciano Bivar, divulgou em um grupo de parlamentares um relatório de gastos do partido com a advogada Karina Kufa, que representa o presidente Jair Bolsonaro.
Além de receber R$ 40 mil por mês, a jurista firmou contrato de R$ 200 mil para apresentar ações diretas de inconstitucionalidade no STF (Supremo Tribunal Federal). A advogada fez também 1 acordo de R$ 100 mil para defender a senadora Juíza Selma (PSL-MT), acusada de abuso de poder econômico e caixa 2 nas eleições de 2018.
Ao jornal Folha de S. Paulo, a assessoria de Kufa disse que os valores que somam R$ 340 mil “são totalmente correspondentes aos praticados no mercado de Brasília”.
Contratada pelo PSL, Karina Kufa ganhou a confiança do presidente da República por seu trabalho na campanha eleitoral de 2018. Ela era responsável pelo partido no âmbito nacional junto ao ex-ministro Gustavo Bebianno (Secretaria Geral). Com a demissão de Bebianno em fevereiro, Karina assumiu o controle jurídico da legenda.
Crise na legenda
Essa é uma reposta do parlamentar ao presidente, que junto com outros 21 deputados pediu ao PSL acesso às contas do partido para auditoria. O comando da legenda decidiu contra-atacar. Vai pedir auditoria nas contas da campanha presidencial do ano passado.
Nesta semana, Bolsonaro e Bivar fizeram declarações públicas que geraram uma crise no partido. Bolsonaro, por exemplo, disse que o presidente do PSL está “queimado para caramba”. Bivar, por sua vez, disse que Bolsonaro “já está afastado” do partido.
Carta Capital