Comandado pelo ministro Gilberto Kassab, da tropa de choque de Temer, o PSD representava uma associação perigosa de Luciano Cartaxo ao esquema político que sustenta o presidente da República.
O PSD apoiou a nociva reforma trabalhista e diversas outras medidas impopulares de Michel Temer. O partido é um aliado de primeira hora e, caso o MDB não lance candidato, Kassab deve marchar com o Rodrigo Maia ou outro candidato governista.
Ou seja, Luciano Cartaxo entraria na disputa ao governo com o carimbo de Temer na testa, num estado onde Lula tem mais de 60% dos votos. É como iniciar uma maratona carregando um peso de 30kg nas costas. Um risco desnecessário.
Prudente, Cartaxo deu um passo à esquerda e se consolida no campo progressista ao se filiar ao PV, partido historicamente de Centro, que em diversas eleições já se coligou com o PT. Luciano não quis correr o risco que Cássio correu por duas vezes (2002 e 2006) de ser derrotado pelo voto lulista e da velha dicotomia esquerda x direita.
Que os adversários aprendam; Cartaxo não é só sorte, é estratégia também…
E será candidato.