A situação das unidades socioeducativas da Paraíba deverá se agravar, a partir do próximo dia 19, quando os funcionários da Fundac iniciam uma greve por tempo indeterminado. Em assembleia realizada, no mês passado, a categoria havia dado um prazo até 10 de julho (última segunda-feira), para o Governo do Estado se posicionar sobre algumas de suas reivindicações. O Governo não deu resposta.
Os servidores haviam requisitado, junto Secretaria de Desenvolvimento Humano e Fundac, para a reimplantação em seus contracheques dos vales-alimentação no valor de R$ 220,00, rejeitando a proposta oferecida de R$ 110,00. Reivindicaram também o agendamento de data para o início da reatualização do projeto do plano de cargos, carreira e remuneração.
Segundo Lúcia Brandão, presidente do Sintac (Sindicato dos Funcionários da Fundac), “como não houve resposta positiva para nós, por parte do Governo, já tínhamos aprovado um indicativo de greve para este mês e como recebemos calado por resposta não sobrou outra alternativa à categoria senão deflagrar o movimento paredista.”
Na verdade, segundo os funcionários, nada mudou desde o massacre do Lar do Garoto, quando sete adolescentes foram chacinadas e o caso ganhou repercussão nacional, exibindo as precárias condições das unidades socioeducativas da Paraíba, além da situação de penúria dos funcionários. (Mais em https://goo.gl/GNTW7x)
Comando – Na assembleia, foi instalado ainda o Comando de Greve, elaborado um calendário de atividades de mobilização e definidas comissões de trabalho. O Sintac espera a adesão da maioria da categoria para paralisar os serviços das sete unidades socioeducativas no Estado, respeitando os 30% como estabelece a Lei de Greve.
Helder Moura