Uma enxurrada de seguidores tem criticado o IESP, em seu perfil no Instagram, por organizar o workshop ‘Eficiência e Otimização da Gestão Pública’ [sic] com o ex-governador Ricardo Coutinho.
Os internautas fazem menção à Operação Calvário, que revelou o maior esquema de corrupção da história da Paraíba, envolvendo mais de R$ 1 bilhão de recursos da saúde na gestão de Ricardo Coutinho, 2011-2018.
Nos comentários, muitos criticam a instituição por convidar um político que tem a gestão investigada num esquema de corrupção operado por auxiliares e amigos.
Segundo o delegado Walber Virgolino, Ricardo Coutinho é o chefe da organização criminosa; a ORCRIM Girassol. A ex-primeira-dama Pâmela Bório já confirmou ter encontrado caixas de dinheiro na Granja Santana. Na campanha de 2014, uma babá também fez o mesmo relato.
A operação Calvário chegou a prender Livânia Farias, mulher de confiança de Ricardo Coutinho e secretária de Administração em seus governos, e derrubou Waldson de Souza da secretaria de Saúde. Gilberto Carneiro, ex-procurador-geral nos governos de RC também é réu na operação, assim como seu irmão Coriolano Coutinho.
Os operadores da propina, Leandro Nunes e Maria Laura também foram presos. A última era coordenadora financeira da campanha do PSB e ambos já delataram que o dinheiro desviado da Saúde foi utilizado na reeleição de Ricardo Coutinho em 2014. Além de servir para o enriquecimento pessoal dos membros da ORCRIM.
Nos últimos dias, outro esquema de corrupção na gestão do então prefeito Ricardo Coutinho foi revelado.
A mais nova denúncia do Ministério Público envolve Livânia Farias, Gilberto Carneiro, Cori, Laura Farias e o advogado Ricardo Vidal num esquema que desviou quase R$ 50 milhões da prefeitura de João Pessoa entre os anos de 2009 e 2012:
O esquema envolvia a contratação do escritório Bernardo Vidal Advogados para atuar na recuperação de créditos tributários da prefeitura de João Pessoa, na gestão do então prefeito Ricardo Coutinho, junto à Receita Federal.
Porém, os créditos eram fictícios e o escritório foi contratado sem licitação. A prefeitura pagava os honorários e os agentes públicos (Gilberto Carneiro, Livânia Farias, Laura Farias e Coriolano Coutinho) recebiam a propina.
Um pagamento de propina mensal no valor de R$ 80 mil, inclusive, chegou a ser interceptado pelo polícia, em 2011, mas numa verdadeira operação de guerra, auxiliares do então governador Ricardo Coutinho sumiram com as provas (e o inquérito!) e abafaram o caso, que só foi revelado na campanha eleitoral de 2014, e confirmado neste ano através da delação de Livânia Farias; mulher de confiança de Ricardo Coutinho:
Acho que o ex-governador já pode ir preparando os ouvidos para as vaias: