Quando você pensa que a classe política chegou no fundo do poço, ela sempre encontra um jeito de cavar um pouquinho mais. Eleito sob o mantra da atitude e mudança, Berg Lima prometeu uma nova cidade, mas tem trabalhado para entregar uma cidade velha, piorada e com um presídio.
Para quem prometeu construir praças, escolas em tempo integral e hospitais, ir a Brasília pleitear um presídio parece meio contraditório. Ainda mais para um jovem que diz ter atitude e não cansava de citar as músicas do revolucionário Gabriel Pensador, mas quer fazer Bayeux compactuar com o status quo da segurança pública, onde só fica na cadeia quem é negro e pobre. Lembram da esposa do Eduardo Cunha?
Se presídio fosse solução, teríamos um país seguro, pois o Brasil possui a terceira maior comunidade carcerária do mundo.
Mas no tocante à Bayeux, é lamentável ver uma cidade que mal tem praças usar o pouco terreno que tem para construir um hotel para bandido. Ainda mais quando se trata de uma cidade pobre e sem autoestima, que já sofre com o estereótipo da violência e outros ainda mais depreciativos.
E o pior de tudo: O crime organizado sempre migra para a cidade onde os líderes estão presos. O mesmo aconteceu com Mossoró, no Rio Grande do Norte, e com Bayeux não vai ser diferente.
Além disso, Bayeux vai sofrer com a desvalorização imobiliária, como acontece com o bairro do Róger e as localidades próximas ao presídio de Mangabeira.
Para quem prometeu uma nova Bayeux, Berg Lima se auto revela o maior estelionato eleitoral da história da cidade. É um governo sem pé nem cabeça.
Bayeux não tem sorte com prefeito.