A sorte sempre foi companheira do prefeito Luciano Cartaxo, que viu sua carreira política decolar de vez com a cassação do então governador Cássio Cunha Lima. Cartaxo virou vice-governador e pavimentou sua eleição para a Assembléia Legislativa.
Mesmo sendo humilhado, Luciano queria continuar como vice-governador na chapa de Maranhão. Não sabia ele que a sorte mais uma vez estava lhe ajudando e afastando de uma futura derrota para Ricardo Coutinho.
Depois veio o racha interno do PSB que jogou a prefeitura de João Pessoa no colo da pré-candidatura de Luciano, em 2012.
A reforma eleitoral que reduziu a campanha de governador para 45 dias também pode ser considerada uma boa sorte. A campanha menor beneficia os favoritos e diminuiu o tempo para que candidatos com a máquina – porém, sem popularidade e voto – consigam virar o jogo.
Mas agora é a matemática eleitoral e a conjuntura política que sela o cavalo para Cartaxo montar e descer vitorioso dele no dia 7 de outubro. A recente declaração de apoio – mesmo que tardia – do prefeito Romero Rodrigues representa um fator decisivo para qualquer eleição ao governo; a união de João Pessoa e Campina Grande.
Se desistir de desistir, Cartaxo terá um bom tempo de TV, uma forte chapa proporcional, a penetração no eleitorado cassista do interior e sairá majoritário no eleitorado da Grande Campina. Juntando com a Grande João Pessoa, representa um eleitorado de mais de 1 milhão de votos. Não é pouca coisa.
E das 10 maiores cidades do estado, Luciano Cartaxo só não teria o apoio de 2 prefeitos.
Cavalo selado assim só se passa uma vez… na vida!