O Metaverso de Raoni Vita

Quando o criador do Facebook, Mark Zuckerberg decidiu mudar o nome da empresa para Metaverso, no intuito de apostar em um ambiente virtual cada vez mais parecido e espelhado com o mundo real, mas com alterações de realidade, não fazia ideia que sua criação chegaria primeiro às eleições da OAB/PB.

A candidatura do advogado Raoni Vita é a melhor descrição do Metaverso. Possui narrativa própria, negação da realidade e imaginação fértil.

Ao longo da campanha, o oposicionista foi incapaz de reconhecer ações e até obras físicas executadas pela gestão do atual presidente Paulo Maia.

No Metaverso de Raoni, não foram construídas novas sub-seções em Sousa, Guarabira e no Cariri, nem foi criada a de Mamanguape. Também não foram inauguradas a sede da Caixa de Assistência de Campina Grande e um incontável número de salas da advocacia em Fóruns, e de Parlatórios em unidades prisionais estado afora. Nem mesmo o pessoal que colaborou com a instalação desses Parlatórios é capaz de convencê-lo do contrário – e olhe que dois deles são candidatos ao conselho estadual na chapa do candidato.

No mundo imaginário de Raoni tem espaço até para insinuar a realização de concurso público para a Defensoria Pública do Estado, mesmo não sendo candidato a governador, ou, para afirmar que a Escola Superior da Advocacia havia sofrido dois despejos. Como nunca apresentou as referidas ordens, tudo leva a crer que foi mais uma criação da sua mente inventiva.

Ao denunciar uma suposta omissão da Comissão de Prerrogativas, Raoni chegou a “engravidar” uma advogada. A moça – que não está grávida, diga-se de passagem – não apenas foi atendida por um membro das prerrogativas de Itapororoca, como chegou a enviar mensagem de agradecimento.

Até a aquisição do terreno para a obra da Cidade da Advocacia, nova sede da OAB/PB, dívida antiga do Conselho Federal com a Paraíba, está sendo criticada. Os recursos, específicos para este fim, serão executado pelo próprio Conselho Federal e não pela Seccional como sugere Raoni.

Diferente do terreno do estacionamento da Caixa de Assistência em Jaguaribe, adquirido pela gestão do sócio de Raoni, Carlos Fábio. Aliás, há quem diga que o oposicionista assumiu os trejeitos do seu sócio, candidato derrotado nas eleições de 2015, que naquele pleito chegou a prometer um Campo de Golfe para a advocacia.

Na verdade, há no discurso de Raoni algo próximo do que a psicologia define como dissonância cognitiva, aquele estado de desconforto emocional causado pela percepção de que certos conteúdos mentais – opiniões, comportamentos, crenças – estão em contradição.

Fazer oposição é algo que exige responsabilidade e obriga a quem a faz reconhecer os fatos que possam estar errados no presente para serem alterados no futuro. Mas, como apontar erros daquilo que não se reconhece?

Eis o drama de quem corre contra o tempo e contra a realidade.

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