Um dos políticos mais decentes do Brasil, o ex-senador Eduardo Suplicy, há anos é tratado com desdém pelo partido que ele mesmo ajudou a fundar e fez da militância um sacerdócio.
O episódio em que o petista interrompeu uma reunião da campanha do ex-presidente Lula na última terça-feira, 21, com duras cobranças ao partido e ao ex-ministro Alozio Mercadante, revela o quanto o partido é ingrato e não valoriza gente decente.
Talvez, se tivesse sido gravado negociando propina desviada da saúde, como fez o ex-governador Ricardo Coutinho – preso na Operação Calvário – Suplicy sentaria à mesa com Lula, Gleisi, Zé Dirceu e cia.
Ou, se tivesse votado a favor do impeachment da ex-presidente Dilma, receberia os carinhos que o senador Veneziano Vital ganha de Lula.
São muitos os exemplos de pessoas decentes que o PT coloca na geladeira ou trata com desdém, como a ex-prefeita de São Paulo Luíza Erundina, Marina Silva, Marília Arraes e Heloísa Helena.
Defensor intransigente da renda mínima, Suplicy sequer foi convidado para debater o programa de governo do ex-presidente Lula, que tratou a intervenção do ex-senador com deboche, como mostra o vídeo a seguir:
No dia em que comemora 81 anos, Suplicy entregou um papel com sua proposta que, disse, não foi considerada na elaboração de documento da pré-candidatura encabeçada pelo PT ao Planalto.
O PT valoriza gente assim: