Pré-candidato mais obstinado ao Senado, Efraim Filho recusou a provável oportunidade de se tornar governador, caso aceitasse ser vice de João Azevedo, assumindo o governo (numa eventual reeleição) com a saída de João para disputar o Senado em 2026.
Ser vice de um governador que busca a reeleição não é pouca coisa. Se tudo desse certo, Efraim estaria em 2026 disputando o governo com a caneta na mão e duas vagas ao Senado para articular uma boa aliança.
A obstinação pelo Senado pode ter ofuscado o deputado? Talvez. Mas só saberemos em outubro. Efraim bem que tentou, mas não conseguiu convencer João Azevedo. Ou até conseguiu, mas a situação fática, com o prefeito de João Pessoa apradinhando Aguinaldo Ribeiro foi mais preponderante para a escolha do governador.
Líder nas pesquisas, Efraim Filho logo se tornou cobiçado pela oposição, principalmente Pedro Cunha Lima e Veneziano.
A perda do governo do estado será compensada com Campina Grande, Guarabira e outros redutos tucanos. Porém, não será de porteira fechada, já que Romero Rodrigues, ex-prefeito de Campina, anunciou apoio a Bruno Roberto, pré-candidato sem referência alguma, é apenas conhecido como o filho de Wellington Roberto.
Para Efraim Filho balancear o rompimento com João Azevedo, terá que cobrar unidade e fidelidade dos que fazem parte do grupo Cunha Lima.