Operação Calvário atinge gestão do ex-prefeito Jacó Maciel em Queimadas

Alvos de mandados de prisão na décima primeira e décima segunda fases da Operação Calvário, Coriolano Coutinho, irmão do ex-governador Ricardo Coutinho, e o empresário Pietro Harley foram apontados também como cabeças de uma tentativa de fraude na Educação, na cidade de Queimadas, junto ao ex-prefeito Jacó Moreira Maciel, no ano de 2013.

De acordo com os documentos, Pietro exerceria “grande influência” na prefeitura de Queimadas à época comandada por Jacó, por intermédio de Coriolano Coutinho, ambos operaram para que o município forjasse, de forma semelhante às denúncias em João Pessoa, uma ata de registro de preço (espécie de licitação), com o objetivo de viabilizar diversas aquisições de livros No entanto, por motivos alheios (veja abaixo) essas compras não teriam ocorrido com o uso desta ata.

Encontro de Coriolano com prefeito Jacó: assalto e morte

Segundo o depoimento de Bruno Donato, ex-motorista do empresário Pietro, em meio a um encontro entre Coriolano Coutinho e Jacó Maciel, numa fazenda em Queimadas, houve um assalto. O motivo do encontro era para tratar do “processo dos livros de Pietro”, afirmou.

Ainda conforme o depoimento durante a reu­nião houve uma ocorrência grave: o assalto, onde Donato afirma que Coriolano, Jacó e os demais que lá estavam, foram assaltados. Após isso, o suposto autor do delito foi assassinado, com claros indícios de “justiçamento” ou “queima de arquivo”. A família da então da vítima vem atribuindo a Coriolano Coutinho, a autoria do homicídio.

O relatório destaca ainda que não é a primeira vez que Coriolano é apon­tado como o mandante de “justiçamentos”. Existem relatos e processos que investigaram a prática de tortura por ele e seus “capangas”, mas “muitos dos quais sequer passaram da fase de investigação, isto porque há diversos indícios da in­fluência desta organização criminosa junto ao sistema de justiça”.

Tentativa de fraude frustrada

A tentativa frustrada de utilização da ‘pesquisa de preços’ se deu pois a Controladoria Geral do Estado proibiu a compra, através de um documento que não permitiu mais adesões a atas de municípios, apenas em atas da União ou de Estados.

Por isso, a prefeitura de Queimadas não conseguiu realizar a licitação, que seria fraudada, para adquirir os livros, segundo o MPPB.

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