Uma informação tem despertado atenção do Gaeco, no âmbito da Operação Calvário: apesar da Cruz Vermelha gaúcha ter recebido mais de R$ 1 bilhão do governo do Estado, em menos de oito anos para terceirizar o hospital, os interventores, que assumiram a gestão por determinação do governador João Azevedo, encontraram os cofres vazios. Até o cafezinho dos funcionários foram obrigados a cortar.
Mas, se faltou dinheiro para gerir algumas demandas, a Cruz Vermelha teve dinheiro com força para contratar advogados. É o caso, por exemplo, do escritório Lobato, Souza e Fonseca Advogados Associados (CNPJ 13.392.841/0001-33) que, por mera coincidência, tem como sócio Yuri Simpson Lobato, que vem a presidente da PBPrev, nomeado pelo ex-governador Ricardo Coutinho e mantido por Azevedo a seu pedido.
Uma pesquisa feita pelo jornalista Thiago Moraes revelou que, desde a assinatura do contrato com a Cruz Vermelha, em 2012, e até 2017 (2018 ainda não consta no site da transparência), o escritório já faturou mais de R$ 820 mil. Dados obtidos junto ao portal da Transparência do Estado da Paraíba (mais em https://goo.gl/kYcb7Z). Ou seja, perto de R$ 1 milhão…
E até mais, considerando que o escritório ainda recebeu R$ 65.388,51 da ABBC (Associação Brasileira de Beneficência Comunitária), responsável pela administração das UPAs e Hospitais no Estado, e também sob investigação.
Com o detalhe que Yuri Simpson Lobato, ainda por mera coincidência, tem como esposa a jovem Ana Carolina Vieira Coutinho, sobrinha de Ricardo Coutinho, enquanto Thiago Paes, também sócio do escritório, é o advogado eleitoral do PSB, e assessor jurídico da PBGás.
Hélder Moura