Leandro Nunes de Azevedo, flagrado na investigação da Operação Calvário recebendo caixa de dinheiro da Cruz Vermelha que administra o Hospital de Trauma da Capital, sempre foi muito prestigiado nas gestões de Ricardo Coutinho , tanto na Prefeitura de João Pessoa, como no Governo do Estado.
Exonerado do Governo do Estado, pelo governador João Azevedo, após estourar o escândalo da Operação Calvário, Leandro sempre foi pessoa de confiança do grupo Girassol, desde que Ricardo Coutinho era prefeito de João Pessoa e Livânia Fairas ocupava a secretaria de finanças do Município.
Quando era prefeito de João Pessoa, Ricardo Coutinho nomeou Leandro Nunes de Azevedo para o cargo comissionado de coordenador de informática da Secretaria de Finanças, à época comandada exatamente por Livânia Farias.
Ricardo Coutinho venceu as eleições para governador em 2010, e em 2011 quando assumiu o cargo tratou de nomear Leandro Nunes de Azevedo para ocupar o cargo comissionado de Gerente de Administração e Tecnologia da Informação da Procuradoria Geral do Estado.
No mês de julho de 2011, no Diário Oficial do Estado do dia 11, foi publicada a nomeação pelo então governador Ricardo Coutinho, de Leandro Nunes de Azevedo para o cargo de Assessor Técnico de Gabinete da Secretaria de Administração do Governo do Estado, época em que a pasta era comandada pela secretária Livânia Farias.
A nomeação de Leandro Nunes de Azevedo para o cargo de Assessor do Gabinete da Livânia Farias, ocorreu 5 dias após a assinatura do contrato do Governo do Estado com a Cruz Vermelha Brasileira para administrar o Hospital de Emergência e Trauma da Capital.
No último domingo o programa Fantástico da Rede Globo de Televisão exibiu uma matéria mostrando um flagrante em que o assessor da Secretaria de Administração do Governo do Estado, Leandro Nunes de Azevedo, após viajar ao Rio de Janeiro, em plena terça-feira, portanto quando deveria estar cumprindo seu expediente na Secretaria comandada por Livânia Farias.
Leandro Nunes se hospede em um hotel e recebe a visita de Michelle Cardoso, secretária de Daniel Gomes da Silva, segundo o Ministério Público do Rio de Janeiro, o chefe da Organização Criminosa que desviava recursos públicos através de contratos com fornecedores para hospitais.
Leandro Nunes e Michelle se encontraram no hotel e ele recebeu uma caixa de dinheiro. A investigação descobriu que a caixa de dinheiro não foi fato isolado, mas uma rotina na relação de agentes públicos com a Cruz Vermelha Brasileira.
Marcelo José