Uma fonte informou ao blog que a ‘Dra Laura’ que consta na anotação apreendida junto com o valor de R$ 81.000,00, durante uma blitz, em 2011, não seria Laura Farias (ex-Sudema), mas Maria Laura, assessora de Gilberto Carneiro, ex-procurador do Estado, que foi presa na Operação Calvário:
Segundo informações enviadas ao Polítika, Maria Laura teria confessado em sua delação pagamentos anteriores feitos através de depósitos bancários.
O caso do ‘mensalão paraibano’ entrou para a história como o mais absurdo da Paraíba. Porque como num passe de mágica, um inquérito com a assinatura de 8 delegados simplesmente evaporou dos arquivos da polícia, reaparecendo apenas em 2014, graças a uma cópia feita por um anônimo.
Será que a força-tarefa da Operação Calvário vai desengavetar um dos escândalos mais imorais envolvendo agentes da segurança pública?
Perguntas sobre o “estranho” sumiço do inquérito policial nunca foram respondidas:
Por que o então secretário adjunto de Segurança, José de Araújo Silvany, avocou pra si o inquérito?
Por que o Ministério Público, varias vezes provocado, engavetou sem dar satisfação?
Por que a afirmação de Ricardo Coutinho num debate (de que ele teria mandado entregar pessoalmente o inquérito ao MP) nunca foi esclarecida?
Por que esse inquérito precisou chegar ao então governador?
Por que o desembargador Osvaldo Trigueiro nunca respondeu publicamente sobre a suposta assinatura de recebido dele ainda na época em que era o Procurador Geral de Justiça? A suspeita é que a assinatura tenha sido falsificada.
Entenda o caso:
Operação policial descobre mensalão na Paraíba
No dia 30 de junho de 2011, uma blitz de rotina da polícia da Paraíba teria um desfecho surpreendente. Tão surpreendente que jamais chegaria ao conhecimento dos paraibanos.
Os Fatos
Um veículo Fox, placas DYE-5922, foi solicitado a parar na referida operação policial. O motorista tentou furar o cerco, mas foi parado pelos policiais.
Após a revista feita no veículo, foram encontrados R$ 81.000,00 (oitenta e um mil reais) e ao lado desta vultosa quantia, sacada na Agência do Banco do Brasil de Benfica, no Recife.
Junto, um papel branco com as seguintes marcações: G – 28.000,00; L – 10.000,00; C – 39.000,00; Dra. Laura 4.000,00 (totalizando 81 mil reais)
Na investigação feita, descobriu-se que “G” era de Gilberto Carneiro (atual procurador geral do Estado, “L ” de Livânia Farias (atual secretária de Administração), “C” – Coriolano Coutinho (Irmão do governador) e Dra Laura (Farias), (ex-Sudema) (ou Maria Laura).
O que ocorreu naquela noite? Segundo os relatos, tão logo este caso chegou à sede da delegacia de repreensão e entorpecentes, vários outros delegados foram chamados ao local para auxiliar nas investigação – (08 delegados presentes: Allan Terruel; Aldrovilli Dantas; Marcos Vilela, Ramirez Pedro, Daniela Vicuuna; Dulcineia Costa; Marcos Lameirão; Jeferson Vieira).
Após o depoimento, o secretário de Segurança, Cláudio Lima, foi chamado pelos delegados. Desesperado, foi ao governador que, reunido com os demais envolvidos, iniciaram uma operação de guerra.
Os recursos eram oriundos de contratos intermediados pela empresa Bernardo Vidal & Associados conforme apurado pelos delegados. Mas, porque esse assunto nunca foi divulgado?
Depois de muitas idas e vindas e encontros entre delegados e secretários diversos, o então secretário executivo da segurança pública José de Araújo Silvany, em expediente interno, vaticinou que a se tratava de armação política. E determinou a devolução do que fora apreendido, além de encaminhar o dito processo ao Palácio do Governo “analisar com visão política”
Vale lembrar que: este processo inexiste nos arquivos da Polícia da Paraíba. Foi produzido um expediente de encaminhamento ao Ministério Público que nunca foi de fato protocolado no MP.
Vejam a seguir todos os documentos que foram apreendidos e façam os seus julgamentos, tendo em vista, que por ter sido rasgado, a Justiça nunca soube disso.
Clique aqui para baixar a documentação original.
Polítika com mensalaopb.tumblr.com