Os prós e contras de Edilma Freire, a favorita de Cartaxo

Prestes a ser anunciada como a candidata do prefeito Luciano Cartaxo, a ex-secretária de Educação, Edilma Freire, é praticamente uma desconhecida no eleitorado pessoense. Tal fato tem seus prós e contras.

Sem teto de vidro, Edilma é um quadro em branco que será pintado pelos estrategistas da campanha. Como não é popular no eleitorado, também não tem rejeição, o que facilita a transferência de votos do eleitor que segue Cartaxo e/ou aprova a gestão e quer sua continuidade.

Edilma foi a responsável pela pasta considerada o ponto forte da gestão; a educação. Cartaxo investiu muito na reforma e construção de novas creches e escolas, e talvez por isso tenha escolhido Edilma para apresentá-la como uma ‘técnica’ responsável pela ‘gestão de resultados’, um clichê no discurso do prefeito.

Outro ponto forte de Edilma é a identidade com o bairro de Mangabeira, o mais popular de João Pessoa, onde reside há muitos anos.

O principal ponto fraco é o fato de Edilma ser ‘concunhada’ do prefeito, termo que será explorado pela oposição no sentido de afirmar que Cartaxo busca um terceiro mandato, quer continuar controlando a gestão e pratica a política do familismo, mesmo que concunhada não seja parente.

Como não vem de uma carreira política, Edilma pode ter um discurso menos eloquente para defender a gestão e apresentar seus números. Mas nada que um bom media training não resolva. O governador João Azevedo sofria com a mesma desconfiança, mas se saiu bem nos debates de 2018.

Outro ponto fraco é a falta de popularidade no eleitorado, principalmente diante das circunstâncias de pandemia que prejudicou o debate eleitoral. Vale lembrar que Cartaxo perdeu o ‘timing’ (tempo certo) na escolha do seu sucessor, e uma candidata com baixa popularidade representa um risco diante do pouco tempo para o 1° turno.

No geral, investir numa candidata técnica e sem teto de vidro foi a melhor escolha.

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