Casos como o do propinoduto girassol jamais seriam abafados se o delegado geral de polícia fosse uma indicação da categoria, ou seja, eleito em lista tríplice, como acontece na escolha do procurador-geral de justiça.
O fato já é considerado uma das maiores aberrações envolvendo a polícia e o aparelhamento político do PSB.
Na Assembleia Legislativa, o deputado estadual Wallber Virgolino, que também é delegado, apresentou uma PEC para mudar a forma de escolha do delegado geral de polícia, mas derrotado na CCJ. Mesmo assim, Virgolino apresentou um projeto de indicação, que na prática funciona como uma sugestão ao governador.
Cabe agora a João Azevedo mostrar que não faz parte da ORCRIM Girassol e acatar a sugestão, para que de agora em diante, todo delegado geral de polícia seja escolhido através de eleição com os demais delegados ou policiais civis.
Seja como for, o importante é que não continue do jeito que está, uma indicação política.
Porque como toda indicação política, o indicado se acha na obrigação de ‘prestar favores’, pois se assim não o fizer, estará demitido no outro dia.
E muitos, por covardia mesmo, preferem prevaricar; retardando ou deixando de praticar ato de ofício.
Será que a ADEPDEL – Associação de Defesa das Prerrogativas dos Delegados de Polícia da Paraíba -, muito benevolente com os governos do PSB, concorda com a ideia do deputado?
https://www.politika.com.br/propinoduto-girassol-delegado-geral-de-policia-bateu-pino-diante-do-flagrante-e-disse-que-nao-iria-se-meter-com-coisa-desse-tipo/