Uma fonte revelou ao Polítika que portais membros da Associação de Mídias Digitais da Paraíba (AMIDI), que se apresenta como representante dos sites e blog do estado, mas carece de respaldo e reconhecimento no meio, estariam comprando acessos através de robôs.
A fonte relata que conversou com um profissional que promete mil acessos ao valor de R$ 10, podendo “entregar” até meio milhão de acessos em um mês. A fonte revelou ainda que o tal profissional teria trabalhado em dois portais membros da Amidi, curiosamente os dois portais sempre apareceram no topo do ranking do Alexa.
O portal Tá na área também fez uma denúncia parecida nesta terça-feira, 22:
A desconfiança que portais da Paraíba usam robôs para ganhar acessos e liderar audiência é antiga. Mas agora, além da vaidade, há um fator financeiro. Criada para fazer lobby para um pequeno grupo de amigos, a Amidi apresentou ao Tribunal de Contas do Estado um novo modelo de repartição das verbas publicitárias institucionais destinadas aos sites e blogs.
Na proposta da Amidi, as agências de publicidade devem estabelecer o valor dos contratos de veiculação de banner de acordo com o acesso dos portais no Google Analytics. Ou seja, quem contrata mais robôs vai ficar com a maior parte da verba publicitária.
A ganância do membros da Amidi tem gerado insatisfação entre os portais e blogs que sequer sabiam da existência de tal entidade e muito menos a tem como representante.
Além de não representar legalmente essa categoria de profissionais, a Amidi está com suas obrigações legais irregulares.
Nesta terça-feira (22), circulou nos grupos de mensagens, prints em que apontam tais irregularidades da AMIDI. Segundo os documentos, a “Associação” encontra-se inapta por omissão de declarações.
Ainda nesta terça-feira, um grupo de jornalistas também se reuniu e divulgou, através de texto publicado em um site paraibano, uma série de erros envolvendo a associação, tais como o fato da sede da associação ser uma incógnita, os filiados “um mistério à parte”, o site oficial estar há anos fora do ar – http://www.amidi.online/ – , o perfil no Facebook não ser atualizado desde novembro de 2015, além de ninguém ter visto a Ata de Fundação ou o Estatuto Social ou sequer saber como, quem ou quais critérios abalizaram a eleição de seu presidente e diretoria.
Confira os documentos em que apontam tais irregularidades existentes nessa AMIDI.