O período carnavalesco nem chegou ainda, mas a novela se repete em João Pessoa; artistas, fornecedores, donos de trios elétricos, colaboradores e produtores lamentando atrasos em pagamentos. Sem contar nos tradicionais calotes dados pela Associação Folia de Rua em anos anteriores.
A maior crítica é o amadorismo na gestão, a hiperdependência do poder público e as posturas autoritárias e nada transparentes dos dirigentes. Em que pese os gordos aportes financeiros investidos a cada ano pela Prefeitura Municipal de João Pessoa – só esse ano serão 450 mil reais – a prestação de contas do projeto nunca fecha. O que tem levado empresas com potencial de patrocínio a se distanciarem cada vez mais do evento.
E mesmo quando patrocinam, não confiam em direcionar grandes valores pela falta de credibilidade da gestão, como é o caso da AMBEV, que já tinha reduzido drasticamente o patrocínio deste ano com relação ao ano passado. Conta-se nos bastidores que donos de trios e outros fornecedores foram diretamente na empresa cobrar pagamentos não honrados em 2017, pelo Folia de Rua, fato que teria motivado a suspensão do patrocínio da gigante AMBEV nesta semana.
O que se espera da entidade em 2018 é transparência, pelo menos no que se refere aos recursos públicos que são geridos pelo presidente da Associação, o Sr. Raimundo Nonato, o Bola. Afinal de contas, em tempos de Lava-jato não dá pra brincar com o dinheiro do folião… nem no carnaval!